Dizem que o silêncio é a maior sabedoria do homem, que é o melhor uso que se pode fazer da palavra e dizem também, que o silêncio nos confessa sem precisarmos de falar; dizem tudo, dizem maravilhas e assombros; mas, afinal, onde está ele?
O conceito desta palavra tem sido traduzido com uma conotividade cada vez mais oposta e distante da verdadeira. Porque se ouve o chilrear dos pássaros e o roçar das águas da nascente nas pedras esverdeadas pelo musgo, já não se está em perfeito silêncio. Porque se ouve os motores dos carros em conflito uns com os outros ou a chuva a embater em persianas semi-abertas, já não se vive num harmonioso silêncio. Este, tornou-se o vácuo que o homem abomina porque hoje, ninguém se cala, todos falam. Todos falam e ninguém diz nada.
Eu cá gosto do meu silêncio. Gosto de me deitar ao som de Jeff Buckley, aprecio a melodia da ondas, estimo o som dos passos em correria e sobressalto, deleito o estalar intermitente das palmas, bajulo o tilintar dos copos entre brindes de esperança. Gosto assim, deste magnifico silêncio. A inexistência deste ruído intimida-me... amedronta-me; já a ausência das palavras em demasia não.
Quando podíamos perfeitamente ter uma conversa plácida e serena com o olhar, porque falas? Diz-me. Quando sabes aquilo que sinto e aquilo que faço, porque me pedes mais explicações? Porque procuras incessantemente por justificações? Porque não usufruímos apenas da nossa presença, da tua e da minha companhia? Diz-me.
O conceito desta palavra tem sido traduzido com uma conotividade cada vez mais oposta e distante da verdadeira. Porque se ouve o chilrear dos pássaros e o roçar das águas da nascente nas pedras esverdeadas pelo musgo, já não se está em perfeito silêncio. Porque se ouve os motores dos carros em conflito uns com os outros ou a chuva a embater em persianas semi-abertas, já não se vive num harmonioso silêncio. Este, tornou-se o vácuo que o homem abomina porque hoje, ninguém se cala, todos falam. Todos falam e ninguém diz nada.
Eu cá gosto do meu silêncio. Gosto de me deitar ao som de Jeff Buckley, aprecio a melodia da ondas, estimo o som dos passos em correria e sobressalto, deleito o estalar intermitente das palmas, bajulo o tilintar dos copos entre brindes de esperança. Gosto assim, deste magnifico silêncio. A inexistência deste ruído intimida-me... amedronta-me; já a ausência das palavras em demasia não.
Quando podíamos perfeitamente ter uma conversa plácida e serena com o olhar, porque falas? Diz-me. Quando sabes aquilo que sinto e aquilo que faço, porque me pedes mais explicações? Porque procuras incessantemente por justificações? Porque não usufruímos apenas da nossa presença, da tua e da minha companhia? Diz-me.
Se soubesses o quanto preciso de ouvir apenas as palavras do meu coração, não estaríamos assim. As minhas conversas tardias e demoradas deixaram de se fazer ouvir, eu já não penso por mim própria e tudo isto deixou de fazer sentido.
Devolves-me o meu silêncio, por favor? Só o peço por momentos indetermináveis. Mas não me fujas, não te escondas de mim, percebe-me só por instantes sem fim.
Se soubesses o quanto te compreendo, se conseguisse sequer explicar o quanto admiro o silêncio ao invés das palavras, pois estas são tantas vezes insuficientes para transmitirmos aquilo que realmente sentimos.
ResponderEliminarÉ como digo num dos meus posts "tu odiavas que eu 'suspirasse apenas' dentro do carro, no lugar de acompanhante, perto do rio, porque era quando ias embora e eu não conseguia dizer-te: vou sentir a tua falta; tu não compreendias o meu tão imenso silêncio e eu preferia que não pusesses tudo em palavras"... E a verdade é que sinto que tantas coisas podiam ter resultado se o silêncio fosse valorizado, apreciado... só ele consegue dizer tudo quando as palavras nos faltam e a emoção é demasiada.
Hoje em dia, o ser humano apenas dá como certo e verdadeiro aquilo que é transposto para palavras, que é realmente dito... e a verdade é que nem se apercebe que às vezes são elas próprias que nos confundem e enganam. Ao contrário do silêncio: honesto e simples. Seria tudo tão mais fácil se toda a gente fosse capaz de compreender isto, e não exigisse nem gastasse tanto o seu tempo a falar sem dizer nada.
Dizem que a falar é que a gente se entende, nem sempre isto se aplica.Nós ser humano precisamos de espaço, tranquilidade, harmonia e silêncio para podermos escutar o nosso coraçao o nossa alma, para relembramos o que ja vivemos ate hoje, porque a vida nao é feita so de presente porque o futuro constroisse apartir do passado.Imaginemos que eu ficaria com amenesia, nao sei bem a dor que é, pois nunca tive uma. Mas posso simplesmente imaginar a dor de se querer lembrar de quem era, do que fui do que posso vir a ser. Imagino que deve ser uma angustia sem fim, um desespero total.Pois nós somos tudo o que vivemos e sem saber o que vivemos, nao podemos saber quem somos.... Bem ja fugi um pouco ao assunto, mas a vida baseia se em tudo, principalmente nos bons momentos que por vezes se constroem com uma simples paisagem da natureza e os sons harmoniosos que se formam atraves dela, assim clarificamos as ideias, e podemos dizer á pessoa mais querida e ter acerteza " amãnha cá estaremos de novo a viver um bom momento e acrediatrmos que temos muitos mais para viver juntos".... O silêncio é bom nao ha nada de inquetante nele.......( os teus textos fazem pessar e imaginar como seria se fosse de outra maneira, a tua maneira de escrever tao intenssamente faz me voar par sitios desconhecidos e dar mais valor ao que tenho...És boa escritora)
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