domingo, 27 de dezembro de 2009

The Perfect Present(s)

Lembro-me de ser novinha (ainda mais) e pedir uns presentes ao "pai-natal" e receber outros que nada tinham a ver com eles. No entanto, eram melhores, eram fantásticos, fabulosos, inconcebíveis... Não os largava durante dias. Adorava o Natal.
Depois foi começando a perder o encanto: já sabia as prendas que ia ter, às vezes até ia às compras com a minha mãe comprar a minha própria prenda e depois embrulhava-a para o pinheiro não ficar vazio... E, como toque final, ainda ia passar estes dias aos meus tios, onde tinha primos novos demais ou velhos demais para "brincarem" comigo. Enfim! Ficava a noite inteira a olhar para o telemóvel ou a comer ou a tentar integrar-me nas conversas aborrecidas (e no natal não havia outra palavra para as descrever) dos adultos.
Este ano, os meus pais decidiram passá-lo em casa: só eles, eu e o meu irmão. Bem, eu até pensei que iria dar à mesma coisa, mas não. Ninguém adormeceu e, aliás, fomos para a cama bem tarde! Jantamos à luz das velas, jogamos ás cartas, bebemos uns copos... e até fizemos troca de prendas "mistério", o que é de louvar na minha família. Só por isso, os presentes foram perfeitos.
Eu, não podia deixar de "me oferecer" uma bolsinha muito gira da Pepe Jeans, que eu já perseguia há uns meses, com sininho e tudo, para a minha gata saber onde estou.
A Bruna, ofereceu-me um poster dos Pink Floyd, com umas cinco moças de rabos pintados, que não deixaram o meu irmão indiferente. Também me ofereceu um CD da Daniela Mercury ao vivo, o que a meu ver, foi muito bem pensado, porque quando vejo um brilhozinho de sol não dispenso umas batidas de samba. E a Bruna sabe bem disso.
Os meus (queridos) pais, ofereceram-me dois perfumes: um da Helena Rubinstein "Wanted", que eu amei(!), e o outro, que já muito bem conheço e aprovo, da Britney Spears "Fantasy"; mas, melhor de tudo foi o Touch. Passei de um nokia n80, do calhamaço por outras palavras, para um LGqualquercoisa fininho, e ainda por cima, moderno!
Ainda recebi uma bolsa peludinha, um cachecol, umas pulseiras e aneis, um livro em inglês "The Sound and The Fury" de William Faulkner e... não me lembro de mais.
Estou nas minhas sete quintas.

The Dominoe Effect

É sempre bom começar um blog para falar do tempo, mas ultimamente é do que se fala cá em casa e eu não posso ser trucidada sozinha...
No Verão é "ai que está calor de mais", agora é "ó filha, veste mais roupa, põe um cachecol, põe este e aquele casaco...", e eu não aguento mais. Não é que me recuse a vestir mais um pouco de roupa, mas a constante repetição da palavra "tempo" está a dar comigo em doida! A minha mãe até já aprendeu a navegar na internet: no site do instituto português de meteorologia, é claro.
Os jornais começam e acabam com noticias repetitivas das condições meteorológicas no mundo e dos desastres que delas advêm, e, os meus pais, parecem senti-las como uma ameaça aterradora. É óbvio que eu não condeno a cautela, mas agora, tornou-se evidente que desaprovo a hipérbole.
Queixo-me sim, do "efeito dominó" de tudo isto! É que com a palavra ***** no inverno, vêm as malditas frieiras na mão direita (a qual dou mais uso), e com as frieiras, vem a incapacidade doméstica: não posso cozinhar (fazer a salada) porque não posso mexer em água. Pessoalmente, acho isso óptimo, fantástico, formidável... mas este facto altera profundamente a disposição e o sentido de humor da minha mãe: "sou eu que faço tudo nesta casa", "ninguém me ajuda", e isto e aquilo. E talvez ela tenha a sua razão, mas eu também não tenho culpa, não é?!
Resta-me apelar pelo fim deste inverno infernal, para poder voltar a dormir de calções, sem me preocupar com robes e pijamas quentinhos e poder fazer as tão desejadas saladas da minha família.