Lembro-me de ser novinha (ainda mais) e pedir uns presentes ao "pai-natal" e receber outros que nada tinham a ver com eles. No entanto, eram melhores, eram fantásticos, fabulosos, inconcebíveis... Não os largava durante dias. Adorava o Natal.
Depois foi começando a perder o encanto: já sabia as prendas que ia ter, às vezes até ia às compras com a minha mãe comprar a minha própria prenda e depois embrulhava-a para o pinheiro não ficar vazio... E, como toque final, ainda ia passar estes dias aos meus tios, onde tinha primos novos demais ou velhos demais para "brincarem" comigo. Enfim! Ficava a noite inteira a olhar para o telemóvel ou a comer ou a tentar integrar-me nas conversas aborrecidas (e no natal não havia outra palavra para as descrever) dos adultos.
Este ano, os meus pais decidiram passá-lo em casa: só eles, eu e o meu irmão. Bem, eu até pensei que iria dar à mesma coisa, mas não. Ninguém adormeceu e, aliás, fomos para a cama bem tarde! Jantamos à luz das velas, jogamos ás cartas, bebemos uns copos... e até fizemos troca de prendas "mistério", o que é de louvar na minha família. Só por isso, os presentes foram perfeitos.
Eu, não podia deixar de "me oferecer" uma bolsinha muito gira da Pepe Jeans, que eu já perseguia há uns meses, com sininho e tudo, para a minha gata saber onde estou.
A Bruna, ofereceu-me um poster dos Pink Floyd, com umas cinco moças de rabos pintados, que não deixaram o meu irmão indiferente. Também me ofereceu um CD da Daniela Mercury ao vivo, o que a meu ver, foi muito bem pensado, porque quando vejo um brilhozinho de sol não dispenso umas batidas de samba. E a Bruna sabe bem disso.
Os meus (queridos) pais, ofereceram-me dois perfumes: um da Helena Rubinstein "Wanted", que eu amei(!), e o outro, que já muito bem conheço e aprovo, da Britney Spears "Fantasy"; mas, melhor de tudo foi o Touch. Passei de um nokia n80, do calhamaço por outras palavras, para um LGqualquercoisa fininho, e ainda por cima, moderno!
Ainda recebi uma bolsa peludinha, um cachecol, umas pulseiras e aneis, um livro em inglês "The Sound and The Fury" de William Faulkner e... não me lembro de mais.
Estou nas minhas sete quintas.