quinta-feira, 11 de março de 2010

All That Matters

Lembrei-me daquela noite. Chegamos a tua casa e foste tomar banho, deixaste-me na sala a esperar-te. Acho que mal te afastaste de mim caí no sofá, adormeci, porque só me lembro de depois sentir as tuas mãos - não podiam ser as de mais ninguém - a surripiar-me no escuro, a pegar em mim da forma mais diligente que consigo imaginar, como se eu estivesse, ainda, aprisionada a um sono profundo. Conduziste-me ao teu quarto e aí eu senti-te, senti mais uma vez o teu cheiro a percorrer-me o corpo, o teu odor sem denominação, definição ou etiqueta: o aroma da tua pele, do teu cabelo, dos teus lábios. Ao mesmo tempo, apoderei-me do sabor do teu corpo ainda flanqueado por densas gotas de água, como sempre o fazia, como se, subitamente, me invadisse uma ambição desmedida, um desejo imoderado de saciar a avidez que me provocavas.
Por várias vezes, o teu delicado toque me fez estremecer, atroando-me a alma; e eu gostava disso: olhavas para mim como que a suplicar-me que ficasse ali contigo para sempre, sorrindo-me de uma maneira que mais ninguém conhece... ver-te sorrir era, de facto, o que mais me importava.
Tenho saudades desse pedacinho de ti, sabes?!

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